Ama-te

Autor: Gustavo Santos

Eu.


Palavra pequena de batalhas tamanhas, tão capaz de definir o Amor como Ele É ou pensamos Ser, como de desencadear os mais tenebrosos ódios, as mais indiscretas raivas e invejas por medir.


Eu.


Luz incandescente que alumia o Pai, ponte para a intimidade, túnel no subsolo que desagua na verdade; consciência, ainda que periférica, do que és, do que somos, do que é isto, para que servimos e para que serve toda esta experiência.


Nascemos como somos, crescemos tal e qual os outros.


Ou debaixo de uma pedagogia de culpa, julgamento e medo ou hiperprotegidos, sem defesas nem noção do inevitável impacto com a realidade.


Deixa o Amor entrar…


Não és ninguém se não souberes quem és, pois por muito que tentes ser outro alguém, nesta vida só podes ser tu. Foste tu que te escolheste.

Exatamente assim, com a ascendência que tens, as virtudes e as feridas, com esse coração e com todos os medos que te assolam.


Ora se assim é, e é, onde podes encontrar-te se não em ti?

Nessa voz sem corpo nem espaço próprio que tantas vezes te tagarela sem pedires ou nesses silêncios pontuados pelo burburinho sábio da Terra ou nos sinais que a tua pele cospe e soam a arrepios.


Ama-te.

Amares-te é dares contigo na vontade e aceitares-te estejas em que condições estiveres. É, por instantes, que podem ser dias, semanas ou meses, ficares em contemplação, não só em busca de beleza, mas de feridas.

É deitares-lhes a mão e permitires que a dor venha. É chorar, gritar, quereres fugir de ti e voltares. É agradeceres “no matter what”.


Os outros, tantas vezes incompreendidos pelo nosso ego, independentemente do que nos possam ter provocado ou despertado, são muito mais pontes para o sucesso do nosso propósito de vida (evoluir no útero materno que é a Terra em direção ao Amor incondicional) do que entraves.

Em cada um, um mestre.


Mas só amando-te o saberás reconhecer.


Pois quem se ama, descobre um tesouro.


Não, especificamente, sobre si; mas sobre todo o plano divino.”

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Sobre Gustavo Santos:

Gustavo Santos, pai e autor, é sobretudo um homem que diz o que tem de dizer, que faz o que tem vontade de fazer e que escreve o que tem de ficar escrito, sem medo e imune a julgamentos, só porque acredita na legitimidade da sua liberdade, no poder da sua coragem e no seu direito a sonhar.

É o autor de maior sucesso em Portugal no campo do desenvolvimento pessoal.

Segue no Instagram: o_homem_da_terra

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